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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

As evoluções da Web N.0

Introdução 

O ser humano vem evoluindo constantemente em diversas áreas desde o surgimento da humanidade. Os historiadores, ao longo dos séculos, relatam muito melhor e de forma mais clara muitas dessas evoluções, nos diversos segmentos das várias ciências (disciplinas), conhecidas pela humanidade atual.
É evidente que algumas dessas evoluções podem ocasionar mais ou menos impactos para as gerações futuras e da época de seu descobrimento. Algumas dessas evoluções afetaram e continuam afetando diretamente a Computação, como o caso do descobrimento do Alfabeto, das formas de se contar (Numeração), da primeira calculadora capaz de executar operações básicas, do surgimento e evolução da Computação, inclusive das tecnologias.
Quando comentamos de tecnologia, já temos ciência da rapidez com que as coisas mudam, numa gíria popular “voa”, novos conceitos são empregados, novas tecnologias surgem, alguns conceitos antigos são remodelados, ganhando novo contexto, novas tendências aparecem e de repente nos deparamos com novas palavras ou mesmo siglas.
Nos dias atuais, mesmo para quem não é da área de Tecnologia da Informação, certamente já ouviu falar na Internet e web. Talvez nem todos saibam qual a diferença entre esses dois conceitos, mas para a maioria tem o mesmo significado.
Entretanto, a internet é um conjunto de redes interligadas, conhecida como rede mundial de computadores. Já a web, é uma das formas de uso (aplicação) da Internet, e certamente a forma mais utilizada. Outros nomes  para web são World Wide Web e www. Por este motivo, é comum se referir a web como Internet.
Dentro desse contexto da web, surgiram alguns conceitos como web 2.0 e mais recente web 3.0. Já se fala em web N.0, mas o que é este conceito? Será que a web que conhecemos tem passado por reformulações? A resposta é não e sim, este termo não se refere especificamente a plataforma web em si, mas sim, a forma como as aplicações (sistemas) para plataforma web são desenvolvidas.
Então, quando nos referimos à web 1.0, web 2.0, e assim por diante, estamos nos referindo às aplicações para plataforma web.

O que é Web 1.0, Web 2.0, Web 3.0 e Web N.0?

O termo Web 2.0 foi lançado pela empresa O'Reilly Media, em 2004, para categorizar a segunda geração de serviços disponíveis nas aplicações web. Desde então, a forma tradicional como as aplicações eram desenvolvidas foram definidas como web 1.0 – primeira geração de serviços para aplicações web. Além desses dois conceitos, já podemos observar também o termo Web 3.0 sendo empregado para categorizar a terceira geração de serviços para aplicações web.      
Como podemos entender melhor esses conceitos, como qualificá-los de forma resumida? Os itens demonstrados a seguir apresentam um pouco o entendimento supracitado:
  • Web 1.0
    • Primeira geração de aplicações para web;
    • Caracterizada por focar apenas na publicação, e ter pouca interatividade com o usuário;
  • Web 2.0
    • Segunda geração de serviços disponíveis nas aplicações web, conceito criado pela empresa O'Reilly Media;
    • Aborda a web como plataforma para o desenvolvimento de clientes ricos com foco na usabilidade;
    • Amplia os espaços para a interação entre os participantes do processo;
    • Caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações;
    • Refere-se a uma combinação de tecnologias, estratégias mercadológicas e processos de comunicação;
    • Segundo O’Reilly, não há como demarcar precisamente as fronteiras da Web 2.0.  Trata-se de um conjunto de princípios e recursos aplicados para uma determinada aplicação na web;
  • Web 3.0
    • Terceira geração de serviços disponíveis nas aplicações web, com foco na semântica.
  • Web N.0
    • Pelo menos atualmente, é uma tendência de mercado relacionar os principais recursos e princípios no desenvolvimento de aplicações para web com versões, assim como ocorre em softwares. Qual a sua opinião? O que será a Web 4.0?
Princípios da Web 2.0

Os principais princípios são relatados abaixo:
  • Trabalhar a Web como uma plataforma;
  • Foco na interatividade social (rede social) e na “usabilidade” com o desenvolvimento de clientes ricos;
    • Redes sociais: principal característica da Web 2.0 que permite colaboração online dos usuários.
  • Ênfase na participação do usuário e não apenas na publicação;
  • Foco na coletividade. Os serviços tornam-se melhores quanto mais pessoas o usarem;
  • Foco na transparência para permitir acesso aos recursos disponíveis;
  • Integração de recursos (agregar e embutir) com foco no desenvolvimento de clientes ricos;
    • Adoção de padrões é essencial para permitir a integração.
  • Descentralização de alguns recursos como web services;
  • Modularidade (componentes) das aplicações, controle de usuários e identidade.
Principais Recursos da Web 2.0

Os principais recursos são relatados abaixo:
  • Blogs: apresenta interface amigável fácil de publicar, compartilhar e organizar conteúdo.
  • Publicação, compartilhamento e organização  de Fotos e Vídeos (Conteúdo de forma geral)
    • Exemplos: YouTube, Flickr, Blogspot, MySpace, FaceBook
  • Feed: fontes de notícias e comentários na internet (sites ou blogs).
    • Assinatura RSS 2.0 (Really Simple Syndication): é um subconjunto de "dialetos" XML, usado principalmente em sites de notícias e blogs;
    • Web Syndication: é a forma como é publicado o conteúdo possível de ser agregado;
    • Outros nomes para Feed: RSS, RSS Feed, Webfeed, Atom e canal RSS.
  • Enciclopédias Online: forma de colaboração online que permite ao usuário informar seu conhecimento sobre determinado assunto.
    • Exemplo: Wikipédia.
  • Tag Cloud (Etiqueta): representação visual para mostrar a localização de uma informação em relação ao site.
  • Download de arquivos por meio de uma rede P2P (Peer to Peer) ou PodCast.
    • Exemplo: BitTorrent (P2P), Rádio Online (Podcast);
  • Mashups ou Portlets ou Widget: pedaços de programas interativos que podem ser usados para formar um novo. Os principais recursos associados a estes elementos são:
    • Integração recursos de interatividade
    • Agregration (Agregar) e Embedding (Embutir)
    • Adoção de scripts para desenvolver clientes ricos;
      • Uso de AJAX (Asynchronous Javascript And XML);
        • Uso forte de Javascript e XML, para tornar páginas Web mais interativas com o usuário;
      • Uso de JSON (Java Script Object Notation)
    • Uso de API (Application Programming Interface) e Web Services. Permitir o acesso a aplicações ou bases de dados;
  • Adoção de padrões, principalmente para troca de informações:
    • XML: intercâmbio de dados alfanuméricos
    • GML ou WFS: intercâmbio de informações geográficas
    • WMS: intercâmbio de mapas
    • CSW: intercâmbio e manutenção de metadados de informações geográficas
  • Remixing
    • Combinação e extração de conteúdo para formar uma nova saída.  Normalmente ocorre pela junção de serviços (web services).
Outro dia recebi um quesitonamento sobre o que caracteriza uma aplicação ser Web 2.0. 

Na minha visão, as aplicações (sistemas) que possuem a maioria dos recursos supracitados com foco na interatividade, não necessariamente coloboração (blog, publicação de conteúdo, feed, enciclopédia e etiqueta), podem ser consideradas aplicações web 2.0.
Entretanto, considero desejável que alguns recursos de colaboração sejam implementados em partes específicas das aplicações, onde faça sentido o usuário colaborar.

Agora você deve imaginar por que não aplicar os recursos de colaboração, essência da web 2.0, juntamente com a interatividade nas aplicações?
Na minha percepção, os recursos de colaboração estão mais associados a estruturação de portais, que devem ser implementados com recursos de colaboração e interatividade para serem considerados como Web 2.0.



Mais detalhes, ver a apresentação: Apresentação Web N.0


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